quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Minhas poesias

Criança

Ter tanta coragem eu quisera
Pra não ficar só na quimera
De ser assim como criança.
Inconseqüente como poeta,
E tão prudente quanto asceta,
A contemplar toda a bonança.
E ao me ver em seu olhar
Vejo a lua, vejo o mar
De seu lindo pensamento.
Encubro a miscigenação
Entre o dolo e a retidão 
Desse estranho sentimento.
E na noite sonolenta
A razão refaz-se lenta
Enquanto há toque de oração.
Sonho a possibilidade
Dessa loucura-verdade
De poesia, placa e cartão.
Se a esse sonho eu me permito
Eu me condeno, me demito
E deixo o sono chegar.
Mas se a noite lhe traz esperança
Eu quero ser criança
Pra você ninar.

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