segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Doenças do cristianismo moderno

Enquanto líderes religiosos são presos por estelionato e por pedofilia...
Enquanto a principal preocupação das igrejas é construir megatemplos...
Enquanto tem pastor querendo funicar líder gay...
As doenças modernas avançam sobre o rebanho.


A modernidade, com novas tecnologias e velhos vícios, tem provocado o surgimento de doenças estranhas. Os cristãos – e em especial o rebanho (béééé!) neo-evangélico-pentecostal-gospel – não fogem ao caso. Três doenças têm se alastrado muito rapidamente, tornando a situação em quase epidemia. Fica aqui o alerta para os cristãos saudáveis, os religiosos doentes e os ministros da saúde das igrejas.


1 – Mal de Super-homem – Essa praga atinge aqueles que se consideram fortes demais. Aqueles que são acometidos por essa doença costumam atacar o mal, o mundo e o diabo (a quatro) confiados na própria força. Afinal, eles (pensam que) têm a visão mais eficiente do mundo e uma força capaz de alterar a rotação do planeta. Determinam a bênção, quebram a maldição e mandam em Deus. O grande problema é que sempre tropeçam em kriptonitas espalhadas por aí e se tornam muito fraquinhos. Também costumam ficar muito doentes diante de lois lanes. A literatura médico-bíblica diz que o orgulho precede a ruína e a queda (Pv.16:18) e que é burrice confiar em si mesmo (Pv.28:26). A verdadeira força, na verdade, vem do Senhor (Sl.29:11). 


Tratamento: humildade diariamente (pois Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes – I Pe.5:5) e confiança em Deus de hora em hora (pois os que confiam no Senhor se tornam fortes e não se abalam – Sl.125:1).


2 – Complexo de Jaiminho – Doença caracterizada por preguiça mental e falta de iniciativa. Cristãos que se acomodam nos bancos confortáveis da igreja sem ler a Bíblia durante a semana e sem questionar o que lhes é ensinado têm especial predisponência para esse mal. Jaiminho era aquele carteiro do seriado Chaves [pausa: Chaves é uma das maiores invenções de todos os tempos da indústria cultural]. Jaiminho era de Tangamandápio, “uma cidadezinha pequena mais ou menos do tamanho de Nova Iorque”. Ele pedia para as pessoas procurarem suas cartas na mochila dele – tudo para “evitar a fadiga”. Os cristãos que são acometidos deste mal costumam ficar na famosa zona de conforto, porque “aqui mesmo tá bom”. Muitos cristãos hoje não crescem espiritualmente porque não leem a Bíblia e, por isso mesmo, aceitam qualquer tipo de pregação. Os portadores desse mal “evitam a fadiga” do estudo, do evangelismo (Mt.28:19 e 20) e da ação social (Tg.1:27). A preguiça é um sintoma que costuma acompanhar essa doença (Pv.6:6).


Tratamento – Xarope de disposição e pílulas de senso crítico. A Bíblia mostra a importância da disposição (I Crôn.22:16) para várias conquistas e o valor do senso crítico para a saúde espiritual. Os cristãos de Bereia foram considerados mais nobres que os de Tessalônica exatamente pela capacidade de “conferir se eram de fato assim” as coisas que lhes eram ensinadas (At.17:11).



3 – Síndrome de Pica-pau – Pesquisas apontam que é a doença que mais avança entre os cristãos brasileiros. Tem especial predileção por políticos crentes e lideranças religiosas, normalmente metidos em escândalos como estelionato, desvio de dinheiro e charlatanismo. O personagem Pica-pau, caracterizado pelo resistente sucesso de seis décadas, faz mil traquinagens e sai da situação como se nada tivesse feito. Ainda por cima, debocha da desgraça alheia com sua risada peculiar. A picaretagem religiosa já era prevista na Bíblia (Mt.7:21 a 23 I Tim.4:1). Assim como o personagem, os doentes portadores da síndrome pintam e bordam com o evangelho, enganam incautos, malversam com o dinheiro público e vivem como se estivessem fazendo a coisa correta. Não raramente sorriem dos críticos – tidos como hereges. A medicina espiritual diz que o passo seguinte dessa doença é o apodrecimento do doente, com alto risco de contágio dos mais próximos e grande possibilidade de “evoluir” para a morte eterna.

Tratamento – Doses diárias e cavalares de dignidade (Fil.1:27) e ações de luz de hora em hora (Mt.5:16), lembrando que todos os nossos gestos devem ser feitos para a glória de Deus (Col.3:17).


Assim...


Deus é também o Deus da cura. Ele requer de nós um relacionamento saudável com a igreja, com o mundo e com Ele mesmo. Ainda é tempo de sair do hospital e espalhar a saúde de Deus entre os homens. Depende mais dos homens do que de Deus.

Um comentário:

Felício Torres disse...

Excelente estudo.
Precisamos mesmo combater e prevenir essas doenças. A cura é mais difícil.
E é contagioso!!!!